A geração por biomassa comercializou 20.488 GWh no Sistema Interligado Nacional entre janeiro a setembro de 2018. É o que aponta um novo levantamento feito pela União da Indústria da Cana-de-Açúcar – ÚNICA, com base em dados preliminares da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.
De acordo com as informações, o volume deste ano é 9% superior ao mesmo período do ano passado. A análise também indica que essa bioeletricidade produzida no país para a rede equivale a quase duas vezes o consumo de energia elétrica no Paraguai em 2017.
Para o gerente em Bioeletricidade da UNICA, Zilmar Souza, a oferta deste tipo de energia também ajudou a economizar 14% da água dos reservatórios hidrelétricos do principal submercado do setor, o Sudeste/Centro-Oeste, que no ano passado respondeu por aproximadamente 60% do consumo doméstico.
“Na primeira semana de outubro, estes reservatórios estavam com apenas 22% de sua capacidade. Isso dá uma dimensão de como a energia da biomassa tem sido estratégica justamente no período mais seco e crítico do ano para o setor elétrico”, ressaltou o especialista. Na última segunda-feira (8), a energia armazenada nos reservatórios do submercado fechou em 21,52%.
Em setembro, a bioeletricidade oriunda da biomassa ofertada para a rede representou 7,1% do consumo nacional de energia elétrica, ou o equivalente a 28% do volume gerado pelo Estado de São Paulo.
Na semana passada (4), a discussão sobre o nível dos reservatórios e a participação da biomassa da cana na matriz energética nacional motivaram mais um encontro entre especialistas do mercado elétrico e executivos do segmento da biomassa, no âmbito do Programa “Cenários de demanda e oferta do setor elétrico brasileiro”, evento realizado mensalmente em São Paulo (SP). Na última edição, o destaque foi para a palestra de Juliana Chade, gerente de Pesquisa e Estudos de Mercado da Comerc Energia.
Criado pela UNICA em 2017, o Programa tem o apoio da Associação da Indústria de Cogeração de Energia – COGEN, da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – ABINEE, da Associação Brasileira do Biogás e do Biometano -ABIOGÁS, e da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia – ABRACEEL.
Fonte: Canal Energia